Arquiteta Liz Diller transforma antigo complexo do Lincoln Center em NY
Por: Aurélio Cardoso
Fotos: Reprodução
Uma completa reformulação, com renovação dos aspectos visuais e estruturais, mudou a cara do complexo nova-iorquino Lincoln Center. A escolhida para dar nova vida ao complexo arquitetônico foi a premiada Liz Diller.
A administração do Lincoln Center convocou um concurso internacional, que foi vencido pelos então desconhecidos Diller + Scofidio em 2002 (anos depois, o mesmo escritório faria o parque elevado High Line). Eles derrotaram nomes em alta à época, de Norman Foster a Santiago Calatrava.
Reunindo edifícios assinados por luminares como Eero Saarinen, Philip Johnson, Gordon Bunshaft e Wallace Harrison, o complexo abriga a Metropolitan Opera, o balé e a filarmônica da cidade, teatro e a escola de artes Juilliard.
Liz Diller comandou a transformação e surgiram marquises que protegem da chuva e do sol forte os pedestres que vão da calçada à entrada dos auditórios. Eventos ao ar livre foram acrescentados nos meses de clima benigno. Fomentar a permanência e a circulação de gente mesmo nos horários sem espetáculo parece a tônica do redesenho do antigo câmpus brutalista. A relação mudou bastante, dissolvendo as barreiras até invisíveis que não convidavam o visitante a desejar ficar mais por ali.
Diller fundou, ao lado de seu marido, o escritório Diller Scofidio + Renfro, responsável por diversos trabalhos grandiosos e impactantes. Contam com sua assinatura prédios como o Broad Art Museum, em Los Angeles, a expansão do MoMA, em Nova York, o projeto do Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro, e ainda (provavelmente seu mais reconhecido trabalho) o High Line, em Nova York – que transformou uma antiga ferrovia abandonada em um belo parque elevado.