Eduardo Kobra
Um artista em movimento
Nascido em São Paulo em 1976, Carlos Eduardo cresceu e se transformou junto à arte urbana da capital paulista. Em meados dos anos 1980, seu talento para a arte começou a aflorar e assim seus pixos e grafites foram se espalhando pela cidade. Como era muito bom no que fazia, passou a ser chamado pelos colegas de ’cobra’, e assim tornou-se Kobra.
Antes marginalizado, o grafite foi ganhando cada vez mais força e virou uma ferramenta importante para discussões e manifestações culturais para o espaço público. Na década de 1990, o artista criou o Estúdio Kobra, onde passou a solidificar a linguagem artística de seu trabalho, com a qual ficou conhecido mundialmente.
O projeto Muro das Memórias – um mural onde eram retratadas cenas do cotidiano da cidade em décadas passadas – em São Paulo, foi um dos primeiros trabalhos que teve grande repercussão, abrindo portas para que muitas pessoas passassem a conhecer o seu trabalho.
De pichador e grafiteiro, Kobra hoje se considera um muralista, o que faz todo o sentido. Suas obras, na maioria das vezes pintadas em imensos paredões, são ricas em traços cheios de luz e sombra, e um realismo tridimensional que convida o público a interagir com a obra e a cidade. Não demorou muito para que o artista brasileiro ganhasse o mundo. Suas obras hoje estão presentes em países como Inglaterra, França, Suécia, Polônia, Japão e Estados Unidos. A lista de países é extensa, também pudera. Kobra é tido atualmente como um expoente da arte urbana mundial e um símbolo da neo-vanguarda paulista.
Inquieto, Eduardo Kobra não para de buscar a criatividade. Já pintou o maior mural do mundo e com todo seu talento foi lá e quebrou o seu próprio recorde. Já são mais de 3 mil obras feitas no Brasil e no mundo, e até o final da matéria, provavelmente esse número já esteja ultrapassado. Como um artista experimentador e ótimo desenhista, Kobra vem buscando novas técnicas, como a de desenho em 3D, onde a obra busca enganar os olhos, a pintura pode parecer distorcida em certo ângulo, mas, vista do ângulo correto, estipulado pelo artista ela se torna 3D.
Ou até mesmo novos questionamentos sociais como o projeto Green Pincel, que visa combater artisticamente os vários tipos de agressões do homem a natureza e ao meio ambiente. E assim torcemos para que Kobra continue a criar, colorir, pixar, questionar e surpreender. E a fazer das ruas do mundo uma galeria a céu aberto.